Uma das seis empresas que já possuem pré-contrato para a produção e distribuição de hidrogênio e amônia verde no Complexo do Pecém (CIPP S/A), a AES Brasil apresentou nesta quarta-feira (5), em audiência pública realizada no auditório do bloco anexo ao Porto do Pecém, o estudo de impacto ambiental de seu projeto industrial. Trata-se da terceira empresa a apresentar o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) para licenciar um projeto de H2V em larga escala no Ceará.
Conforme detalhado no EIA/RIMA, a planta da AES Brasil será desenvolvida no Complexo do Pecém, mais especificamente no Setor 2 da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Ceará, em uma área de 80 hectares. O projeto tem potencial para produzir 800 mil toneladas de amônia verde por ano, a partir do consumo de 2,5 GW de energia renovável. De acordo com o Estudo de Impacto Ambiental, o projeto também tem potencial para gerar cerca de 2.000 empregos na fase de construção.
Presidida pela gerente de controle ambiental da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), Najara Lima, a audiência contou com apresentações de Andrea Santoro, gerente de sustentabilidade da AES Brasil; de Alison Camargo, gerente de Hidrogênio Verde da AES Brasil; e de Laiz Hérida, CEO da HL Soluções Ambientais, empresa responsável pela elaboração do estudo. A audiência também contou com a participação do secretário de Desenvolvimento Econômico, Salmito Filho, representando o Governo do Ceará.
“Esse é um momento de grande importância, de dialogar e ouvir as comunidades, os povos indígenas e todos que serão diretamente beneficiados com esse projeto. Para além da contribuição ambiental, de partirmos para uma matriz energética verde e sustentável, o projeto visa trazer mais oportunidades de emprego e renda para a população cearense. Esse é mais um importante passo do projeto de instalação de um Hub de Hidrogênio Verde no Setor 2 da ZPE Ceará. A AES é uma empresa que já tem investimento em H2V nos Estados Unidos e que muito nos honra com a sua intenção de fazer esse investimento no Estado do Ceará, aqui no Pecém”, destaca o secretário Salmito Filho.
Também compuseram a mesa o secretário executivo do Meio Ambiente e Mudança do Clima (SEMA), Fernando Bezerra; o diretor de Operações do Complexo do Pecém, Roberto de Castro; o assessor da Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Ambiental de Caucaia, David Pizol; o superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Deodato Ramalho; além de representantes do Iphan, Fiec e lideranças indígenas.
“Estimamos até 48 meses de desenvolvimento dessas obras. Nessa fase, esse projeto pode gerar até mil empregos diretos e outros 1.072 indiretos. São obras longas que vão demandar mão de obra local e qualificada. Depois de entrar em operação, esse empreendimento pode operar por até 30 anos, então estamos falando de empregos e benefícios de longo prazo” pontua o gerente de Hidrogênio Verde da AES Brasil, Alisson Camargo.
Sobre o EIA/RIMA
O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) são documentos que apresentam os estudos realizados na área que se pretende instalar o empreendimento e debatem sobre a viabilidade do empreendimento com o órgão ambiental licenciador e com a comunidade. A audiência é o momento em que a população pode obter esclarecimentos e elucidações sobre o projeto em análise e conhecer os impactos (negativos e positivos) através da apresentação do Relatório de Impacto Ambiental (RIMA).
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