Em visita ao Pecém com vice-presidente Geraldo Alckmin, governador fala sobre possível produção de eletrolisadores

Após participarem do Diálogos Exporta Mais Brasil, no Palácio da Abolição, em Fortaleza, o governador Elmano de Freitas; o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin e o ministro da Educação, Camilo Santana, visitaram, nesta sexta-feira (29), o Complexo Industrial Porto do Pecém (CIPP). O presidente do Complexo, Hugo Figueiredo, guiou as autoridades, acompanhado do presidente da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Ceará, Eduardo Neves.

O governador pontuou que as oportunidades de crescimento econômico, a partir do CIPP, são valiosas para o Ceará. “Além da produção de Hidrogênio Verde, o Estado também já estuda e negocia a produção de eletrolisadores, que seria uma indústria vinculada ao H2V. O objetivo é investir em empreendimentos de toda a cadeia do Hidrogênio, no Porto do Pecém. Já possuímos, inclusive, com os aerogeradores, por exemplo. Queremos desenvolver toda essa cadeia para que a nova indústria verde seja ainda mais completa e robusta no Ceará”, ressaltou.

O vice-presidente, durante a visita, observou o potencial da estrutura do Complexo, e mostrou-se animado para o futuro industrial do local. “Esse é o futuro. É a realização da neo-industrialização de energia limpa e energia renovável, produzindo um hidrogênio que vai atender o mundo. Aqui, um hub de hidrogênio verde, atraindo investimento industrial”, salientou o vice-presidente durante a visita.

Antes da visita, as autoridades participaram de um almoço, onde conversaram sobre as oportunidades de crescimento do Ceará, principalmente por meio da estrutura do CIPP. O ministro da Educação, e ex-governador do Ceará, Camilo Santana, fez questão de ressaltar o potencial do local.

“Todos que conhecem o Complexo do Pecém ficam encantados com o potencial, principalmente por conta de sua infraestrutura e custo operacional. Maior exemplo desse potencial é a parceria com o Porto de Roterdã, que não teria vindo ao Ceará se não tivesse apostado nessa localização privilegiada, com calado natural e demais vantagens”, ressaltou Camilo.

Hidrogênio verde

Com as recentes aprovações, tanto da Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex), que aprovou o financiamento de US$ 90 milhões para investimento no CIPP, quanto do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Coema), que aprovou a implementação do Hub de Hidrogênio Verde no Complexo do Pecém, essa nova realidade de investimentos em torno da produção de H2V tornou-se ainda mais realidade.

“Já temos 32 memorandos de entendimento assinados para investimentos de Hidrogênio Verde, englobando várias etapas da cadeira produtiva, da produção ao transporte, incluindo a parte logística. São empresas de diversos locais do mundo, incluindo Europa, América do Norte, Ásia, Austrália e do Brasil. Nossos esforços são para converter esses memorandos em ação, em projetos”, pontuou o presidente do CIPP, Hugo Figueiredo.

Como cidadão cearense, Camilo Santana destacou que vê com muito orgulho novas oportunidades de investimento para o Ceará, como é o caso do Hidrogênio Verde. “Falando como cidadão, creio que a aposta no Hidrogênio Verde é um grande salto da economia, que vai beneficiar o Ceará e o Nordeste como um todo. Precisamos dar esse passo urgente para regulamentar o Hidrogênio Verde no Brasil, ou vamos perder o timing para outros locais do mundo. Já é algo concreto, um grande salto que o mundo inteiro está enxergando. Precisamos concretizar esses investimentos aqui e ser exemplo para o mundo”, concluiu o ministro.

Presentes

Para além dos já citados, também estiveram presentes na visita: a senadora Augusta Brito; o deputado federal – e líder do governo – José Guimarães; o secretário do Desenvolvimento Econômico, Salmito Filho; a secretária de Relações Internacionais, Roseane Medeiros; o presidente da Assembleia Legislativa, Evandro Leitão; o prefeito de Caucaia, Vitor Valim; o prefeito de São Gonçalo do Amarante, professor Marcelão; o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana; e representantes do setor produtivo.