A ZPE Ceará encerrou o segundo semestre de 2017 com 5,9 milhões de toneladas de carga solta e a granel movimentadas na sua Área de Despacho Aduaneiro (ADA). A movimentação é considerada recorde e representa um crescimento de 31,12% em comparação ao segundo semestre de 2016, período em que foram movimentadas 4,5 milhões de toneladas.
A movimentação total do ano de 2017 foi superior a 11 milhões de toneladas. Desse total, 7,5 milhões foram de entrada de matérias-primas como minério, carvão, calcário, brita e 3,5 milhões de saída de produtos como placas de aço, escória, BTX e alcatrão.
As placas de aço produzidas pela CSP já ocupam o primeiro lugar no ranking das cargas mais movimentadas na rota internacional. Os EUA são o principal destino, recebendo 37% desse material que sai pelo Pecém.
A ZPE Ceará, em função das quatro empresas instaladas em sua área, proporcionou um incremento significativo na movimentação do Porto do Pecém no ano passado. Só de carvão mineral e minério de ferro importados pela CSP, mais de 6,2 milhões de toneladas passaram pelo Porto do Pecém em 2017
Segundo o presidente da ZPE Ceará, Mário Lima Júnior, o resultado do ano passado representa a consolidação da prática operacional do monitoramento e controle de cargas na ADA da estatal, de acordo com a função da ZPE de dar suporte ao controle aduaneiro da Receita Federal.
Mário Lima ressalta que toda a operação foi realizada com mão de obra recrutada nas regiões de São Gonçalo, Paracuru, Caucaia e Fortaleza. “É importante frisar que, além da infraestrutura disponibilizada pela ZPE Ceará, o Sistema de Controle Aduaneiro (SICA) desenvolvido na própria ZPE, para adequação das rotinas às portarias regulamentadoras da Receita Federal, foi fundamental para o sucesso das nossas operações”, explica.
INSUMOS REGIONAIS
Do total de 7,5 milhões de toneladas de matérias-primas da CSP movimentadas nos gates da ZPE Ceará no ano passado, 848,6 mil toneladas foram oriundas de municípios cearenses, representando 11,24%, o que demonstra o fortalecimento dos negócios da Companhia Siderúrgica com o interior do Estado.
Com o setor siderúrgico consolidado, a ZPE Ceará, além de proporcionar a geração de empregos, tem estimulado a pauta de exportação do Estado, a partir da fabricação de placas de aço voltadas para exportação pela Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP).
Os insumos regionais (brita, calcário, dolomita, quartzo, briquete, magnesita e sílica, entre outros) foram oriundos de municípios como Eusébio, Fortaleza, Caucaia, São Gonçalo do Amarante, Quixeré, Jucás, Limoeiro do Norte, Maracanaú, Jaguaribe, Forquilha, Quixeramobim, Quiterianopólis, Banabuiú, Horizonte, Pentecoste e São Luís do Curu, com reflexos positivos diretos na economia destas regiões.
O envolvimento destes municípios na comercialização de insumos para a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) reflete o esforço do Governo do Estado do Ceará para desenvolver a economia local e gerar emprego no âmbito regional.
COMÉRCIO EXTERIOR
De acordo com o Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (IPECE), em 2017, as exportações do Ceará somaram US$ 2,10 bilhões, representando crescimento de 62,48 por cento em relação a 2016, quando foi registrado US$ 1,29 bilhão.
Dos US$ 2,10 bilhões da pauta de exportação do Estado no ano passado, os produtos e subprodutos da Companhia Siderúrgica do Pecém- CSP (placas de aço, ferro gusa, btx e alcatrão) movimentados nos gates da ZPE Ceará representaram 48,03% (US$ 1,016 bilhão).
Segundo estudo do Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (CIN/FIEC), do total de US$ 1,016 bilhão exportado pela CSP, US$ 999,2 milhões foram movimentados pelo Porto do Pecém e US$ 17,1 milhões pelo Porto de Fortaleza.
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